A mulher no mercado de trabalho é uma busca de muitas décadas e avanços, mas com um longo caminho a ser percorrido. Conheça mais sobre história, desafios e diferenciais que profissionais mulheres agregam a todo tipo de atividade.

Uma causa que soma muitas décadas

A mulher no mercado de trabalho é um assunto que merece espaço e debate contínuo. Mesmo que tenham conquistado muito mais espaço se comparado a décadas atrás, o preconceito e a resistência à igualdade de gênero no trabalho ainda persistem,  e a sociedade perde muito com isso. Convidamos você a entender e refletir sobre este panorama nas próximas linhas. Boa leitura! 

Quando elas começaram a trabalhar?

A participação das mulheres no mercado de trabalho, de maneira mais oficial, ganhou força após a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945), quando os homens foram para os campos de batalha, sobrando para elas o desempenho das mais diversas atividades, como enfermeiras, mecânicas e cozinheiras, por exemplo.

Isso continuou depois que muitos desses homens perderam a vida, abrindo maior espaço para as mulheres trabalharem e fazerem a economia se restabelecer.

Marcos da conquista por direitos

No século XIX, a industrialização abriu certo espaço para a mulher no mercado de trabalho. Certo espaço, pois, havia altas diferenças em relação à jornada de trabalho, remuneração e cargos ocupados em comparação com os homens.

Um marco na conquista dos direitos trabalhistas das mulheres foi a Constituição de 1932, que estabeleceu, por exemplo, salários iguais para a mesma atividade e o direito à licença-maternidade um mês antes e depois do parto.

Na prática, porém, não foi o que se viu. Durante muito tempo as mulheres enfrentaram jornadas de 14 a 18 horas e até hoje existem consideráveis diferenças salariais. A justificativa sexista (que ou quem tem ideias misóginas ou misândricas) era de que o homem era o chefe da família e precisava sustentar a sua esposa e filhos(as).

O pensamento mudou, mas ainda é preciso superar muitos desafios para alcançar, na prática, a igualdade de gênero no trabalho. 

Os desafios atuais

Uma vitória foi o fato de as mulheres, que antes desempenhavam apenas funções como cozinheira, enfermeira ou professora, ou seja, ligadas somente a cuidados, hoje serem vistas em qualquer atividade e em cargos de liderança, o que significa que elas determinam a escolha sobre sua vida profissional. Mas alguns obstáculos ainda atrapalham o crescimento profissional feminino, como:

Jornada dupla

Mesmo trabalhando fora de casa, ainda sobram para as mulheres as tarefas domésticas, como cozinhar, arrumar a casa, cuidar dos(as) filhos(as), entre muitas outras que as deixam sobrecarregadas.

Maternidade

As mães encontram dificuldades no mercado de trabalho por não terem a sua jornada adaptada às obrigações maternas. A licença-maternidade dura no máximo seis meses e logo elas precisam voltar às atividades profissionais.

O pior de tudo é que ainda existem empresas que recusam o trabalho e dificultam a promoção de mulheres que são mães.

Talentos e diferenciais das mulheres no trabalho

Apesar de ainda haver dados tristes e ultrapassados sobre a mulher no mercado de trabalho, muitas empresas já pensam diferente e enxergam todos os diferenciais que elas entregam, especialmente em relação às suas soft skills. Podemos citar os seguintes exemplos:

Comprometimento

As mulheres costumam ser comprometidas no trabalho, como comprova uma pesquisa realizada pela EDC Group com 365 profissionais. Destes(as), 68,84% das mulheres disseram “vestir a camisa da empresa”, ou seja, dar o máximo em suas funções. Em relação aos homens, esse número cai para 64,89% do total.

Maior resiliência e flexibilidade

Outra qualidade delas é a capacidade de lidar com as adversidades e encontrar soluções. Um dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstrou que a semana das mulheres dura, em média, 3,1 horas a mais do que a dos homens, devido às suas tarefas fora do trabalho. 

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