
Saúde mental corporativa e ESG: por que o “S” precisa sair do papel
- Por: Eubyme.co | inspiring your best version
- 25 jul, 2025

Você sabe o que significa ESG? A sigla, em inglês, para Environmental, Social, and Governance (Ambiental, Social e Governança), refere-se a um conjunto de critérios usados para avaliar o desempenho de uma empresa ou organização em relação a práticas sustentáveis e éticas. Entre esses critérios está a relação das empresas com seus colaboradores. Para estar alinhada ao ESG, uma corporação precisa levar em consideração como quem trabalha nela está se sentindo, além de envolver temas como diversidade, inclusão, direitos humanos, segurança no trabalho e o relacionamento com a comunidade.
Quando falamos sobre a atenção ao “S” do ESG, levamos em consideração alguns dados muito importantes. Segundo informações apresentadas pelo Ministério Público do Trabalho, os afastamentos no Brasil por questões de saúde mental aumentaram 136% nos últimos dois anos.
A urgência de tornar o “S” do ESG efetivo
Ainda no mesmo estudo, os principais motivos de afastamento nesses dois anos foram:
- Reações ao estresse (28,6%);
- Ansiedade (27,4%);
- Episódios depressivos (25,1%);
- Depressão recorrente (8,46%).
Estamos lidando diretamente com o estresse gerado dentro dos ambientes de trabalho, e o assunto não pode mais ser ignorado.
Para além de criar uma população adulta doente, enfrentamos um ambiente de trabalho extremamente nocivo. Isso afeta a vida pessoal dos colaboradores, mas também contribui para equipes pouco motivadas, com baixo entrosamento e que, portanto, produzem menos. Os afastamentos frequentes também geram desfalques que sobrecarregam os demais membros da equipe. Todos esses fatores resultam em um trabalho de menor qualidade.
Ao pensar na urgência do cuidado com a saúde mental, falamos também dos bilhões que são perdidos anualmente com licenças e afastamentos, afetando diretamente a saúde financeira de qualquer empresa.
Engajamento corporativo real com o ESG Social
Apesar do cenário preocupante, há boas notícias: a pesquisa “Avanços e Desafios: A Maturidade ESG nas Empresas Brasileiras 2024” aponta que 51% das instituições possuem uma estratégia de sustentabilidade — um aumento de 14 pontos percentuais em relação a 2021. Esse movimento reflete uma tendência global de cuidado com a saúde física e mental. Cada vez mais, o trabalho tem se tornado um espaço de inspiração e transformação, e menos uma obrigação a ser cumprida.
No entanto, muitas empresas ainda não compreendem a importância de cuidar da saúde mental de quem faz parte do time. O pilar social é o que levará as empresas ao futuro. Do ponto de vista do consumidor, as metas de ESG fazem parte do processo de decisão de quais marcas devem ou não fazer parte do seu dia a dia. Não basta que o produto seja de qualidade — ele precisa ser produzido de forma responsável e por trabalhadores que se sintam bem com o que fazem.
Impacto da saúde emocional nas empresas
A saúde emocional tem impacto direto no desempenho das empresas, influenciando tanto a produtividade quanto o clima organizacional. Doenças mentais, como ansiedade, depressão e burnout (cujo índice mencionamos anteriormente), estão entre as principais causas de absenteísmo, gerando prejuízos significativos para os negócios e, consequentemente, para a economia do país.
Funcionários emocionalmente sobrecarregados tendem a apresentar menor engajamento, estão mais susceptíveis a cometer mais erros e dificuldade em manter o foco. Pesquisas recentes revelam que muitos setores corporativos operam com índices de bem-estar abaixo dos 78 pontos, considerados o mínimo saudável para o equilíbrio emocional no ambiente de trabalho.
Esse cenário evidencia a urgência de políticas de saúde mental mais eficazes e de um olhar mais atento à qualidade de vida dos colaboradores. Investir em programas de apoio psicológico, treinamento de lideranças e ambientes mais empáticos é fundamental para reverter essa tendência. Ignorar esse aspecto compromete não só o rendimento da equipe, mas também a sustentabilidade da empresa a longo prazo.
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Como empresas podem colocar o “S” do ESG em prática
Para colocar o “S” em prática, as empresas precisam ir além do discurso e adotar estratégias concretas que promovam o bem-estar e a equidade social dentro e fora da organização. Um primeiro passo envolve o uso de ferramentas como diagnósticos e indicadores sociais, que ajudam a mapear vulnerabilidades e medir impactos.
Escutas ativas com colaboradores e comunidades também são essenciais para compreender necessidades reais. Com base nesses dados, é possível desenvolver programas estruturados voltados à diversidade, inclusão e desenvolvimento humano.
A formação de líderes comprometidos com em empatia, ética e responsabilidade social fortalece a cultura organizacional e impulsiona mudanças consistentes. Além disso, oferecer apoio em saúde mental demonstra compromisso com o cuidado e a dignidade das pessoas. Essas ações integram o componente social do ESG de forma prática, contribuindo para empresas mais sustentáveis, humanas e preparadas para os desafios contemporâneos.
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Conclusão
Tornar o “S” do ESG uma realidade não é apenas uma questão de reputação ou conformidade — é uma estratégia de sobrevivência e crescimento sustentável. Em um mundo cada vez mais conectado, ético e consciente, empresas que priorizam a saúde mental, a equidade e o bem-estar de seus colaboradores se posicionam com mais força diante do mercado e da sociedade.
É hora de transformar intenções em ações concretas e construir ambientes de trabalho mais saudáveis, justos e verdadeiramente comprometidos com o futuro. Nós, da Eubyme.co, podemos te ajudar a ampliar a saúde mental dentro da sua empresa. Conheça nossas Vivências inCompany.