
Menopausa sem tabus: cuidando da saúde nesta nova fase
- Por: Eubyme.co | inspiring your best version
- 06 out, 2025

A menopausa é uma fase natural e inevitável na vida de toda mulher, marcando o fim da fase reprodutiva, geralmente entre os 48 e 51 anos, mas claro que esse intervalo de idade é uma estimativa, pois existem mulheres em idade mais precoce e outras mais tardia. Apesar de ser um processo biológico comum, ainda é cercada por tabus e desinformação, dificultando que as mulheres vivenciem essa transição com saúde e bem-estar. Neste artigo, te convidamos quebrar esses paradigmas e oferecemos informações claras para que cada mulher possa cuidar de sua saúde física e emocional.
Como a facilitadora Marcela Blanco bem coloca: “Seu corpo está mudando, mas você pode escolher como viver essa mudança.” Hoje vamos desmistificar a menopausa, abordando seus sintomas, cuidados essenciais e possibilidades de tratamento, incentivando o autocuidado e a busca por uma vida plena, a que chamamos de “Plenopausa”.
O que é a menopausa?
A menopausa é definida como o período em que a mulher não menstrua por 12 meses consecutivos, marcando o fim permanente dos ciclos menstruais e da capacidade reprodutiva. É importante diferenciar a menopausa do climatério (que é a fase de transição que a antecede e se estende por alguns anos após ela), caracterizada por flutuações hormonais que podem trazer sintomas variados.
A menopausa é, portanto, um evento dentro do climatério, o ponto em que os ovários param de liberar óvulos e a produção de estrogênio e progesterona diminui significativamente. O climatério pode começar a partir dos 35 nos e o período entre o início dele e a menopausa pode levar até 10 anos.
Para Marcela Blanco, “Essa fase pode ser uma fase de plenitude, de uma menopausa mais leve. Depende de como você a vive, depende de tuas escolhas.”
Principais sintomas da menopausa
Os sintomas da menopausa variam amplamente em tipo e intensidade. No entanto, alguns são mais comuns, como os fogachos (ondas de calor) e suores noturnos, que são sensações súbitas de calor intenso, acompanhadas de suor, principalmente à noite. Alterações de humor, como irritabilidade, ansiedade, tristeza e até depressão, são comuns devido às flutuações hormonais. A insônia ou sono de má qualidade, que se manifesta como dificuldade para iniciar ou manter o sono, resulta em fadiga e falta de energia.
A diminuição do estrogênio pode levar à queda da libido e ressecamento vaginal, afetando a lubrificação e causando desconforto durante as relações sexuais. Outros sintomas incluem ganho de peso e aumento de gordura abdominal, pois o metabolismo pode desacelerar e a distribuição de gordura no corpo tende a mudar.
Além disso, dores articulares e musculares também são frequentes, já que a redução do estrogênio pode influenciar a saúde das articulações e músculos. A pele pode ficar seca e os cabelos mais finos, perdendo elasticidade e hidratação. Por fim, a diminuição do estrogênio aumenta o risco de perda óssea, como osteopenia ou osteoporose.
É importante ressaltar que nem todas as mulheres apresentarão todos esses sintomas, e a intensidade pode ser diferente para cada uma. O autoconhecimento e o acompanhamento médico são fundamentais para identificar e gerenciar esses sinais. É certo que alguns dos mais de 60 sintomas você já deve ter sentido ou percebido alguém da sua família ou amiga enfrentar. As vezes aquela depressão que se instalou mais recentemente é só mais um dos sintomas decorrentes dessa fase da vida, mas que pode ser amenizado com apoio e acompanhamento de 1 ou mais profissionais da saúde.
H2: Cuidados essenciais nesta fase
Adotar um estilo de vida saudável é a base para reduzir os sintomas da menopausa e prevenir complicações. Os cuidados essenciais incluem uma alimentação equilibrada, priorizando alimentos naturais, ricos em fibras, antioxidantes e fitoestrogênios.
A prática regular de exercícios, combinando musculação e atividades aeróbicas, é ideal, pois ajuda a controlar o peso, melhorar o humor e a qualidade do sono. O acompanhamento médico, com consultas regulares a ginecologistas e outros especialistas, é fundamental para monitorar a saúde hormonal, óssea e cardiovascular, e discutir as melhores opções de tratamento.
A saúde mental e emocional também merece atenção. Buscar apoio psicológico, se necessário, é igualmente importante. A exposição ao sol por 15 a 20 minutos diários é crucial para manter níveis saudáveis de vitamina D. Por fim, reduzir a exposição a disruptores endócrinos, evitando plásticos aquecidos, cosméticos com parabenos e agrotóxicos, pode contribuir para um melhor equilíbrio hormonal.
Tratamentos e alternativas
Para muitas mulheres, a menopausa pode ser gerenciada com mudanças no estilo de vida. Para sintomas mais severos, existem tratamentos e alternativas:
- Terapia de reposição hormonal (TRH): eficaz para aliviar fogachos, suores noturnos e ressecamento vaginal, além de ajudar na prevenção da perda óssea. A TRH deve ser sempre indicada e acompanhada por um médico.
- Tratamentos naturais e complementares: Marcela Blanco destaca o uso de chás para sintomas específicos:
Para insônia: chá de melissa (erva-cidreira).
Para irritabilidade e ansiedade: chá de passiflora.
Para equilíbrio hormonal: chá da folha de amora.
É crucial a orientação profissional. Antes de iniciar qualquer tratamento, consulte sempre um médico ou profissional de saúde qualificado.
Quebrando tabus e preconceitos
A menopausa, por muito tempo, foi um tema velado. Para quebrar esses tabus, é fundamental conversar abertamente sobre o assunto. Falar sobre a menopausa com naturalidade ajuda a desmistificar o tema e a criar um ambiente de apoio, onde compartilhar experiências e informações pode empoderar outras mulheres.
O papel da família, amigos e sociedade também é crucial nesse processo. Compreender as mudanças que a mulher está passando e oferecer suporte emocional e prático faz toda a diferença. A sociedade, por sua vez, precisa valorizar a maturidade e reconhecer a menopausa como uma fase de novas possibilidades, e não de declínio.
É essencial a valorização da maturidade e das novas possibilidades que essa fase oferece. A menopausa não é o fim, mas sim o início de uma nova etapa da vida, repleta de sabedoria, liberdade e oportunidades. É um momento para reavaliar prioridades, investir em si e desfrutar da vida com uma nova perspectiva.
Marcela Blanco reforça: “A menopausa não precisa ser sinônimo de sofrimento! Com informação, hábitos certos e estratégias naturais, você pode ter mais energia, autoestima, disposição e prazer nessa fase.”
Conclusão
Este período da vida representa uma transição natural e poderosa. Longe de ser um tabu, deve ser encarado como uma fase de autoconhecimento, cuidado e renovação. Com informação de qualidade, autocuidado e apoio adequado, é possível atravessar esse período com vitalidade e bem-estar, transformando-o em uma verdadeira ‘Plenapausa’.